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Mostrando postagens de 2025

Corpo e alma (cuidados)

  O corpo é um templo. E como todo templo sagrado, ele exige respeito, presença e cuidado. Muitos de nós, ao buscarmos espiritualidade, voltamos os olhos apenas para o que é invisível. Mas esquecemos que a alma habita a carne — e que o Espírito só se manifesta plenamente quando o corpo permite. Chico Xavier, em sua sabedoria, dizia: "Não basta cultivar a fé. É preciso harmonizar o pensamento, o sentimento e também o corpo, para que sejamos instrumentos úteis na obra do bem." Nosso corpo é o altar silencioso onde todas as emoções se refletem. Cada escolha — o alimento que colocamos no prato, o tempo que dedicamos ao descanso, os movimentos que oferecemos à musculatura — são orações vivas, mesmo sem palavras. A má alimentação, o excesso, o sedentarismo e os abusos cotidianos são formas discretas de autonegligência. E o que parece banal, com o tempo, gera ruídos na conexão com a própria alma. Um corpo intoxicado não ouve bem sua intuição. Um organismo cansado não responde bem ao...

Ministros de Xangô

O candomblé reproduziu na religião os postos de comando dos governos das cidades. O conselho do rei de Oyó, cidade de Xangô, inspirou a criação do conselho dos obás ou mogbás nos terreiros desse orixá. Obás de Xangô é uma espécie de colegiado superior dos velhos do candomblé da Bahia. Ministros de Xangô Os obás, os ministros de Xangô, são os olhos e ouvidos do rei africano, o monarca da cidade africana de Oyó. No Brasil, no culto ao orixá da justiça, desempenham papel fundamental ajudando de forma efetiva as ialorixás. O cargo, ocupado por gente ilustre como Jorge Amado, Caymmi, Gilberto Gil, Verger e Carybé, continua presente no Ilê Axé Opô Afonjá, terreiro responsável pelo resgate, nos anos 30 do século XX, da figura do obá. Deus da justiça Há centenas de anos, o povo nagô habitava uma planície na África sob o governo do rei Abiodum. A capital desse reino iorubá era Oyó, antigo acampamento usado pelos nagôs para domar búfalos. Nessa terra, a sobrevivência era um contínuo desafio e o ...

Chico Xavier e o Exu do Cemitério

  Chico Xavier e o Exu do Cemitério Olá leitores, esse post é sobre um provável (creio que fantasioso), encontro entre Chico Xavier e um dos muitos Exus que trabalham nos cemitérios. Circulam nas redes, vários vídeos contando a mesma estória, em resumo, contam assim: "Chico costumava visitar túmulos, acompanhar sepultamentos. Numa dessas ocasiões, teria se encontrado com um espirito vestido de preto, chapéu, capa longa, cheirando a álcool. Chico o teria cumprimentado e perguntado o que ele (espirito) fazia ali. O homem respondeu que trabalhava no cemitério e que bebia muito porque, às vezes, precisava intervir quando os desencarnados insistiam em permanecer em seus túmulos e era preciso afastá-los de lá para que seguissem no plano espiritual, esse homem, Exu do Cemitério, teria dito ao Chico que muitas vezes precisava "entrar" nos caixões para realizar a tarefa, para suportar o odor, ele então usava a bebida alcóolica." Essa é uma estória contada por pessoas espírit...

Laroyê Rosa Caveira! "Trabalhamos nas sombras a serviço da Luz"

"Trabalhamos nas sombras a serviço da Luz" Rosa Caveira Já faz algum tempo que tenho recebido orientações de Dona Rosa. Recentemente, em sonho, lembro de ter recebido muitas orientações, mas fica por ai porque não consigo me lembrar por mais que queira ou tente. Penso que a lembrança virá em momento oportuno em sua íntegra. No momento trago alguns flashs: Lembrei de um trecho sobre minha conversa com a Rosa Caveira, fiz uma pergunta a ela ainda sobre quando trabalhei na apometria.  É sobre uma ocasião em que o Tranca Ruas (Exu) usou capa de invisibilidade em mim e nele mesmo. Perguntei a ela se essa capa escondia apenas nossa forma. Ela respondeu que escondia a forma e a vibração, ou seja, ninguém sabe quem está debaixo da capa, a gente só sabe se o espírito quiser revelar. Não são todas as entidades que podem usar. No caso ele usou uma capa preta e eu uma branca. Sobre a cor, Dona Rosa disse que a cor diferencia o Mestre do aprendiz. Disse ainda que essas capas são usadas pa...

Vovó Maria Conga

  Vovó Maria Conga De onde ela veio? Angola, Congo, Moçambique, Guiné, Luanda, não importa, pois a sua presença representa um lenitivo para as nossos sofrimentos e uma lição de vida daquela preta velha, que com o seu cachimbo branco, saia carijó, terço de lágrimas de nossa senhora, senta-se em um toco de madeira no terreiro e conta os fatos de sua vida em terra brasileira, começando dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva. Vinda da África distante, filha de Pai Rei Congo e Vovó Cambinda, chegou à Bahia pelos navios tumbeiros a escrava que foi dado o nome de Maria. Como sua origem era da tribo do Rei do Congo, foi chamada de Maria Conga. Naquele tempo as negras eram coisas e destinadas a cuidar da lavoura, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria ou de outras escravas, assim como tantos outros candengues foram amamentados pela Vovó Maria Conga. Quas...