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São João Batista (Xangô Agodo)





Xangô Agodo


Agogo / Agodo / Ogodo: Muito ruim e brutal, inclinado a dar ordens e a ser obedecido, foi ele quem raptou Obá. Come com Yemanjá. Neste caminho Xangô segura dois Oxês (machados). Sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de Tapá. É aquele que, ao lançar raios e fogo sobre seu próprio reino, e o destrói.

Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza. Legião dos caboclos de Xangô Agodo trabalham nas pedras e que estão dentro dos rios, nos seixos rolados, nas pedras iniciáticas e na pedra batismal. Suas oferendas são realizadas nas pedras dos rios.

24/06 - Xangô Agodo (São João Batista)

Estamos diante de um dos Orixás mais cultuados e respeitados no Brasil. Isso mostra porque foi ele um dos primeiros Orixás do panteão iorubano. Patrono da justiça é o Orixá da política, o justiceiro da natureza, rei das pedreiras, rocha, dos coriscos e do trovão, fogo e larvas do interior da terra.

Ao entrar em terras brasileiras. É, um dos principais troncos da religião de matrizes africanas do Brasil.

Chamado pelo termo Obá (rei), do reino de Òyó, na Nigéria, antiga capital política daquele Pais, depois foi Lagos e agora, ABUJA. Ele é o poder real que lhe é devido, pois foi o quarto Aláàfin de Óyó, entre 1.450 a 1 403 a.C, na cidade mais importante da Nigéria. Obá é palavra da língua Yorubá que designa rei. Obá é também um dos epítetos do orixá Xangô (não confundir Obá, rei, soberano (oba), com o orixá Obá (Òbà), que é uma das esposas de Xangô.

Ele é Xangô (Sángó). É a capacidade de organizar, em ter habilidade no trato das relações humanas, governos, progresso cultural e social, a voz do povo, levante e a vontade de vencer. Tomando decisões sábias, hábeis, ponderadas e corretas, é o Orixá que decide sobre o bem e o mal, pondo em prática os projetos de diferentes áreas.

Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sàngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?

Sentimos sua presença nos raios, através do retumbar dos trovões, do clarão dos relâmpagos e nos grandes incêndios que também é regido por Iansã.

Mitologia

Filho de Oranian, tendo Yamasse como sua mãe, embora alguns digam ser Torosi a sua matriarca que é natural de Tapá ou Nupô. Xangô governava a cidade de Cossô, posteriormente sendo o rei da cidade de Òyó e de sua dinastia. Foi marido de Iansã, Obá e Oxum. Sángó foi o quarto Aláàfin de Óyó. Nasceu para reinar, para ser monarca. Ele destronou sue próprio meio-irmão que era mais velho, Oba Dadá-Ajaká, terceiro oba de Óyó, entre 1 500 a 1 450 a.C, através de um golpe militar, certamente apoiado pelo povo de Òyó, pois ele é considerado rei até hoje.

Comentam que Xangô foi um homem bonito, extremamente vaidoso e conquistador. Com seu olhar que demonstrava um olhar de desejo, diziam que poucas mulheres resistiram a este flerte. Xangô era um amante irresistível, foi disputado por três mulheres ao mesmo tempo, mas Iansã, sua primeira esposa foi a que o acompanhou na sua transição estratégica da vida. Conta a historia que, em treinamento de guerra, Xangô ateou fogo em seu próprio reino. Tendo em vista o ocorrido, ele deveria ser desafiado pelo seu melhor general. Perdendo a luta, ficou com seu orgulho ferido.

Já era norma do povo Yorubá que se um rei cometesse um erro contra seu povo, deveria abdicar de sua vida. Assim fez Xangô, enforcando-se. Nesse momento, a fiel Iansã estava acompanhando-o. Seu corpo desapareceu para baixo da terra em um profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro, simbolizando o termino da cadeia das gerações humanas, transformando neste momento, em Orixá. No seu aspecto divino, ele é filho de Oxalá, e tendo Iemanjá como mãe. Com sua transformação, Oba Dadá-Ajaká retorna ao trono de Òyó, como o quinto oba, entre 1 403 a 1 370 a.C. Com sua morte, assume o trono de Òyó seu filho Aganju que foi o sexto Aláàfin de Òyó, entre 1 370 a 1 208 a.C.

“Xangô “é um dos orixás mais conhecido e reconhecido pelo povo Yorubá. Em cada nação leva um nome próprio assim como; “Xangô ou Sángó”, Nagôs, povo Yorubá,” Sobô, Sogbo”; no Jejes,” Quevioçô, Badé”; Fanti-Ashante,” Vonucon”, Tapá;” Abaçucá”; Agrôno,” Zaze, Cambãranguanga ou Kabuco”; bantos.

A dança do Xangô é o alujá, durante o desenrolar da música ele vai brandindo orgulhosamente seu “oxé” machado alado, fazendo, e assim o ritmo acelerar-se, com um gesto, ele vai pegar o seu” leba” que é a bolsa imaginaria, onde contem as pedras do raio, “edun ará” dos Yorubá”, também chamadas pedras de Santa Bárbara que, ao lançar no ar, fará raios e trovões. Acredita-se que essas pedras que caem através da faíscas elétricas, sobem a superfície da terra somente sete anos após terem caídas.

Entre os instrumentos que Xangô utiliza esta o “xeré”, é um chocalho feito de um porongo “ cabaça” com pescoço alongado ,que quando agita tem um som que lembra a chuva e é usado para reunir os orixás. O elemento fundamental de Xangô é o fogo. Admite-se que ele é numa espécie de ímã de eguns, daí sua aversão a eles. Segundo Pierre Verger o , Xangô tem uma similitude muito grande com Zeus da mitologia Grega, pois ambos são ligados a força, justiça e também detentor do poder do trovão e raios e portador do machado alado para cortar dos dois lados simbolizando o equilíbrio e a justiça. E tendo sido poderoso nas conquistas amorosas.

Foi observado que a interação entre Omulu e Xangô é uma realidade, ao contrário do que se pensa, se considerarmos as qualidades de Xangô Abomi e Xangô Aganju, que são representantes de Xangô na Linha das Almas. De autor desconhecido, tiramos um parágrafo que nos pareceu muito coerente sob este aspecto: 

“Alguns médiuns têm em sua coroa a vibração de mais de um Orixá e podem ter fortemente Xangô (Pai de cabeça), porém traços de Omulu. Dessa forma, pode, por exemplo, ter seu Caboclo vibrando na linha de Xangô e seu Preto Velho na linha de Omulu.”

Na linha da Justiça, Xangô tem conexão com Iansã. lansã é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos negativos. lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.

Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, junto com Oxum, nos purifica, nos energiza, nos dá vida, vigor, saúde e inteligência.

Características dos filhos de Xangô

Xangô Agodo

Agogo / Agodo / Ogodo: Muito ruim e brutal, inclinado a dar ordens e a ser obedecido, foi ele quem raptou Obá. Come com Yemanjá. Neste caminho Xangô segura dois Oxês (machados). Sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de Tapá. É aquele que, ao lançar raios e fogo sobre seu próprio reino, e o destrói.
Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.
Legião dos caboclos de Xangô Agodo trabalham nas pedras e que estão dentro dos rios, nos seixos rolados, nas pedras iniciáticas e na pedra batismal. Suas oferendas são realizadas nas pedras dos rios.

Caráter espiritual da Época de São João

João Batista nasceu no dia 24 de junho. Filho de Zacarias e Isabel, desde criança foi preparado para a vida sacerdotal. Sua vida foi dedicada a oração e penitência e sua missão foi anunciar a vinda de Cristo. João falava às pessoas da importância de se prepararem para a chegada do filho de Deus.

Todos que buscavam o arrependimento e a conversão eram batizados nas águas do rio Jordão por João Batista. A convicção de sua missão levava muitas pessoas a confundi-lo com o próprio messias, mas ele, dizia imediatamente: 

“Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele.” (Jo 3, 28) e “não sou digno de desatar a correia de suas sandálias.” (Jo 1, 27)

Jesus também veio para ser batizado por João. “No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o espírito em forma de pomba sobre ele;” (Mc 1, 10). “E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti ponho minha afeição.” (Mc 1, 11)

João veio ao mundo para preparar o coração dos homens para o advento do Cristo. Ele representava uma era que estava terminando, que não poderia mais existir a partir do momento em que Jesus se tornou Cristo. Quando pregava o arrependimento, ele queria mostrar que o ser humano precisava buscar uma nova consciência para poder viver uma nova era – a possibilidade individual de cada ser humano encontrar conscientemente o caminho da espiritualidade.

João sabia que sua missão, bem como a Era que representava, havia terminado quando disse aos seus discípulos: 

“Importa que ele cresça e eu diminua.” (Jo 3, 30)

Assim, na festa de São João a simbologia da fogueira, nos remete a lenha que se consome, ou seja, que diminui para que as labaredas cresçam. Aproveitar para fortalecer o fogo divino e transformador que temos dentro de nós deve ser então a verdadeira motivação para a época de São João. "

Texto Por Silberto Azevedo


Xa = Senhor, dirigente - Angô = Raio, fogo, alma

Xangô = Senhor do Raio, Senhor das Almas ou Senhor Dirigente das Almas


Número: Seis (06) ou múltiplos.
Cor: marrom ou vermelha e branca
Dia: Terça feira.
Guias: vermelha e branca ou marrom
Saudação: kaô Cabecile,” Kawó kabiyèsílé”.tradução: Venham ver o Rei descer sobre a terra! Ou Salve a Vossa Majestade na terra!
Pedras de Xangô: Jaspe vermelha, olho de tigre, cornalina, citrino, ágata de fogo, calcita laranja.


É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.

Com forte dose de energia e autoestima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.

Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objetos de sua vaidade.

São amantes vigorosos, uma pessoa só não satisfaz um filho de Xangô. Pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários e até babalorixás, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.

Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua "retirada estratégica".

fonte Magia de Umbanda (facebook)




Giampietrino.
 A Virgem Amamentando o Menino e São João Batista Criança em Adoração, c. 1500-20

João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita de Israel, integrando-a na puberdade; era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia (ver abaixo), João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1, apontando-a para 2 a.C..

Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.

Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terão sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas atividades regulares.

Aos 14 anos, há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.

Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome "Ebner".

João terá efetuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.

Segundo o relato bíblico (Mateus 3,4), João também trajava veste simples (de pêlo de camelo, um cinto de couro em torno de seus lombos) e alimentava-se de "gafanhotos (ou alfarrobas[20]) e mel silvestre" - considerando que o termo "gafanhoto" é referido também como tal planta[21] (Ceratonia siliqua), uma árvore de fruto adocicado comestível, nativa da região mediterrânica, onde provavelmente vivia o personagem bíblico, conhecida ainda como Pão-de-João ou Pão-de-São-João,[22]figueira-de-pitágoras e figueira-do-egipto.[23]


São João Batista com seu cajado e a seu lado o carneiro.

O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C. João teria 18-19 anos de idade e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai e João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles ter-se-ão mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali, João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.

Isabel terá morrido no ano 22.d.C e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”. De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no décimo quinto ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Actos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este décimo quinto ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.

Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C. Nesta data, quer João Baptista, quer Jesus, teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade. Desta forma, considera-se que Lucas tenha errado na datação dos acontecimentos.

É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terão sido o registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir, com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. 

Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João.

O discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com a chegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.

É importante notar que João não introduziu o batismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.

Numa pequena aldeia de nome “Adão”, João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.



João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns fatores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura, João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre 25 a 30 discípulos e batizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo, os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes.

Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O batismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia [carece de fontes].

Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.

O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I, no sexto mês do ano 26 d.C. Ele foi levado para a fortaleza de Maqueronte, onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, tradicionalmente chamada de Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
Flávio Josefo, um historiador do século I, relacionou a derrota do exercito de Herodes frente a Aretas IV (Rei da Nabateia) com a prisão e morte de João Baptista – um homem consagrado, que pregava a purificação pelo Baptismo.
Flávio Josefo refere também que o povo se reunia em grande número para ouvir João Baptista, e Herodes temeu que João pudesse liderar uma rebelião, mandando-o prender na prisão de Maqueronte e matando-o em seguida.

Para alguns Espíritas, Elias reencarnou como João Batista. Mais tarde, teve outras experiências reencarnatórias, como sacerdote druida entre o povo celta, na Bretanha. Depois, como o reformador Jan Hus (1369-1415), na Boêmia. Na França foi Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), que utilizava o pseudónimo Allan Kardec como codificador do Espiritismo. Sua última existência corpórea se deu no Brasil como Alziro Zarur (1914-1979), fundador da LBV, entidade de cunho espiritualista-universalista. 

Outra corrente afirma ter sido Oceano de Sá (1911-1985), fundador da Cidade Eclética, reconhecido como tal por diversas escolas sérias e reconhecidas mundialmente, embora o mesmo não assumisse publicamente pois nunca achou necessário e não queria tirar proveito algum de tal reconhecimento. Tais divergências quanto às reencarnações de João Batista se tornam uma questão de fé, dada a impossibilidade de serem atestadas cientificamente.

Conhecido como Nabi Yahya ibn Zakariya—Profeta João, o filho de Zacarias—ambos são reconhecidos como sendo Profetas do islão. Os muçulmanos acreditam ter sido uma testemunha de Alá, que profetizou a vinda de ʿĪsā (Jesus). Dentro da sua tradição, os islâmicos acreditam que Yahya foi um dos profetas que Maomé conheceu na noite de Mi'raj.

De acordo com o Alcorão, Yahya era benevolente, sábio, puro e gentil com os pais, que diligentemente praticava os mandamentos do Torá.

Os bahá'ís consideram que João foi um profeta de Deus que, como todos os outros profetas, foi enviado para instilar o conhecimento de Deus, promover a unidade entre as pessoas do mundo e mostrar às pessoas a maneira correta de viver. Segundo os Bahá'ís, ele era um profeta menor.

Pelos cálculos de James Ussher, Herodes, cognominado “o Grande” passou a governar a Galileia aos vinte e cinco anos de idade, subordinado ao seu pai Antípatro, em 47 a.C. Em 46 a.C., após corromper o governador romano da Síria Sexto Júlio César Herodes tornou-se governador da Celessíria.

Após a morte de seu pai em 43 a.C., da revolta contra os romanos de Aristóbulo II e seus filhos, a partir de 42 a.C., e da invasão dos partas em 40 a.C., Herodes conseguiu o apoio de Marco António, e tornou-se rei da Judeia em 37 a.C., recebendo, depois, de Augusto, várias províncias adjacentes. Herodes morreu por volta do dia 25 de novembro do ano 4 a.C., após haver sido declarado rei por trinta e sete anos (desde 40 a.C.) e tendo reinado, de facto, por trinta e quatro anos.

Houve vários censos feitos no Império Romano durante o reinado de Augusto. O segundo censo ocorreu em 8 a.C., e o terceiro censo em 14 d.C. Segundo Ussher, o censo referido na Bíblia e que permite a datação do nascimento de Jesus não foi nenhum destes, mas um decreto de Augusto de 5 a.C. que ordenava a taxação de todo o Império Romano, e que ocorreu quando Cyrenius (Públio Sulpício Quirino, que fora cônsul romano sete anos antes) era governador da Síria.

Ainda segundo Ussher, Jesus nasceu no ano seguinte a esta ordem de Augusto de cobrar impostos, e no mesmo ano em que Herodes morreu. João Batista nasceu seis meses antes, em 5 a.C.

De modo geral, o sincretismo do Orixá é feito com São João Batista e a data de comemoração acontece no dia 24 de junho. Segundo o catolicismo, São João Batista era primo de segundo grau de Jesus. A mãe de João Batista era Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Como a diferença de idade entre eles era pouca, eles se aproximaram com o tempo.

Acredita-se que João Batista chegou ao mundo primeiro como um dos espíritos encarregados de preparar o ambiente para a reencarnação de Jesus. Ambos eram muito próximos e tinham uma relação de amizade e companheirismo bastante forte. Inclusive, foi João Batista quem fez o batismo de Jesus, sendo este, um momento entendido como de purificação nas águas doces.

Essa questão do batismo e do simbolismo com a purificação liga o santo a Xangô. Entende-se que com o poder do fogo, o Orixá destrói o que há de ruim, transformando e trazendo tudo o que há de bom de acordo com o merecimento de cada um. Ele é capaz de purificar e fazer renascer, modificando forças negativas em positivas.

Além disso, durante o período de avanço do catolicismo, a Igreja passou a incentivar os fiéis a acenderam fogueiras para determinados santos, como São João, São Pedro e Santo Antônio, principalmente no solstício de verão do continente europeu. O Orixá aparece mais uma vez nesse momento. Acredita-se que as fogueiras das comemorações de junho, nas tradicionais Festas Juninas, são para pedir que o mau seja transformado em bem.

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O sincretismo de São João com Xangô:

São João Batista nasceu no dia 24 de Junho. Era filho de Zacarias e Isabel, e primo de Jesus Cristo. Nasceu com a missão de preparar o caminho para a chegada do Messias. Por esse motivo, a imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneirinho no colo, pois foi ele, segundo a Bíblia, que anunciou a chegada do cordeiro de Deus, o Cristo Jesus.

Diz a história bíblica, que na antiga Judéia, as primas Isabel e Maria, mãe de Jesus, estavam grávidas. Como moravam distantes, elas combinaram que a primeira a ganhar bebê anunciaria a novidade acendendo uma fogueira em frente à própria casa. Santa Isabel cumpriu a promessa quando do nascimento de seu filho, João Batista.

É considerado o último dos profetas, e o primeiro apóstolo. Os evangelhos dizem que, ainda no ventre de sua mãe, João percebe a presença do Messias, "estremecendo de alegria" na presença de Maria, quando esta ia visitar a prima Isabel. O evangelho de São Mateus fala das pregações e dos batismos que realizava às margens do rio Jordão, não distante de Jericó. Foi João Batista quem batizou o próprio Cristo.

Crítico da hipocrisia e da imoralidade, João Batista condenou publicamente o fato de o rei ser amante da própria cunhada, Herodíades. Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista sobre uma badeja. João Batista, juntamente com os profetas Elias e Eliseu, é considerado o protótipo do ideal ascético, e modelo de vida perfeita. Podemos dizer até, que ele, João, seria o próprio Agnus Dei (o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que ardia entre os Essênios daquela época.

O valor simbólico e filosófico de João Batista, portanto, ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava que o que viria depois dele "batizaria com fogo", isto é, o Espírito Santo.

João Batista é o início santo, além de Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o nascimento para o Céu, celebrando o nascimento segundo a carne. Na comunidade religiosa da igreja católica os missionários de São João batista, ou seja, seus membros (sacerdotes ou leigos) consagram a sua vida a Cristo, através dos votos de castidade, obediência, e pobreza. Numa atitude de acolhimento e de disponibilidade, alicerçados no Cristo da Eucaristia, os missionários de São João Batista devem tornar-se para os homens de hoje sinais do Reino e anunciar os caminhos do senhor, a exemplo do seu padroeiro.

Deste modo, o simbolismo de "Yohanan" (João em hebraico) ganha, com os séculos, uma poderosa força, que é cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à idade média, na qual hospitalários e templários, desde a sua origem, invocam João Batista para seu patrono. Assim, São João, o fogo e o solstício de verão, no hemisfério norte, estão indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente transformador, no qual o "Fogo Sagrado" agirá, quer como agente hermético-alquímico quer como condição necessária para o trabalho, quer como inteligência criadora, criativa e genial, avessa a qualquer Avatar, porque não reconhece poder na Terra superior a Deus.

Anel de ligação entre a antiga e nova aliança (Moisés e Jesus, respectivamente), João foi acima de tudo o enviado de Deus, uma testemunha fiel da luz, aquele que anunciou Cristo e O apresentou ao mundo.

A tradição da fogueira nasceu antes do Cristo. Queimar fogueiras, naquela época, significava saudar a chegada do verão, e apenas no século VI, o catolicismo associou as comemorações pagãs ao aniversário de São João Batista. Os portugueses no século XIII incluíram São Pedro, e Santo Antônio, e no Brasil, a data é celebrada desde 1583.


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São José - Sincretizado com Xangô São José é descendente da casa real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José. São José na história da Salvação São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém partir do rece...

São Judas Tadeu: Xangô Airá ou Xangô do Oriente

28 de outubro: São Judas Tadeu: Xangô Airá ou Xangô do Oriente É, sem dúvida, hoje, um dos santos mais populares do Brasil. No entanto, embora fosse um dos apóstolos de Cristo, a devoção por ele começou tarde, isso em função de seu nome, que se confundia com o do "apóstolo traidor", Judas Iscariotes. São Judas era primo de Jesus, pois era filho de Alfeu, também chamado de Cléofas, irmão de São José. Ao que se sabe, seu pai era um daqueles discípulos de Emaús, a quem Jesus apareceu naquela tarde do dia da Ressurreição. Quanto à sua mãe, ela era uma das mulheres que se encontravam ao pé da Cruz de Jesus, junto com Maria Santíssima. São Judas - aquele mesmo apóstolo que, na Última Ceia, pergunta a Jesus por que Ele havia se manifestado a eles e não ao mundo - demonstrou sempre um grande ardor pela causa do Reino e, então, o desejo de que o Evangelho se tornasse conhecido de todos. Era o chamado à missão, típico do cristão, daquele que ama a Cristo e guarda a sua Palavra. Ele o ...

Flores para os Orixás

      Flores para os Orixás  por Mônica Berezutchi    Os Pais e Mães Orixás são administradores dessas essências vivas e Divinas do Criador que existem nas flores. E quando dizemos “essa flor é deste Orixá”, é por que ela está “cheia” deste magnetismo que beneficia não só as pessoas, mas os ambientes também.  Vejamos algumas flores associadas às essências dos Pais e Mães Orixás:   • OXALÁ : rosa branca, lírio branco, margarida branca, copo de leite, girassol, jasmim, lágrima de Cristo, lírio da paz.  • OYÁ : rosa amarela, rosa champanhe, crisântemo amarelo, liziantro;  • OXUM : rosa cor-de-rosa, flores do campo, flor da fortuna, lírio amarelo e rosa, rosa amarela, calêndula, camomila.  • OXUMARÉ : flores do campo coloridas, flor de laranjeira, hortênsia.  • OXÓSSI: flores do campo coloridas, crisântemos coloridos, flores silvestres.  • OBÁ : gérbera magenta, azaleia cores vivas.  • XANGÔ : palma vermelha, bico de pap...