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Conduta do médium Umbandista



Conduta do médium Umbandista
Texto de Mãe Iassan Ayporê Pery
Dirigente do CECP - Centro Espiritualista Caboclo Pery

Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição. Em função disto, já que sou umbandista, falo de minha religião e sobre o que é esperado de seus praticantes.

Muitos falam apenas na conduta esperada do médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.

Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo, o quanto disto tudo faz parte de nossos corações e mentes, verdadeiramente.

Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e consequentemente não aplicamos o nosso aprendizado.

A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.

As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconsequente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a coragem de afirmar que "tomou o banho" direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc., etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!

Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, pois como disse o Caboclo Pery na mensagem Oferendas Para Orixás somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.


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